O HOMEM QUER SER DEUS, DEUS QUIS SER HOMEM



O HOMEM QUER SER DEUS, DEUS QUIS SER HOMEM

A sede pelo poder, pela fama, pela riqueza, pelo pódium, marca sem dúvida o coração do homem. Ser Deus ou ser grande, aclamado e poderoso tem-se tornado o conceito da felicidade. Ser Deus. Essa é a grande obsessão do homem. Essa tem sido a sua grande pretensão. O seu principal esforço. As formas para tentar chegar lá são variadas: O governo de um povo, o sucesso nos negócios, a manipulação e (aparente) domínio nos relacionamentos, ser uma estrela admirada pela sua alto desempenho, seja na área da música, da representação teatral, dos esportes, etc…O próprio ateísmo não é a completa rejeição de Deus. É sobretudo a auto-reivindicação de ser deus. Claro que, para tal, é necessário rejeitar, negar ou acabar com qualquer ser divino superior ao homem. Desta forma, o homem não tem um Deus em quem acreditar, em quem confiar, a quem adorar. Alguém que estabelece princípios e valores. Por exclusão de partes, só sobra o homem. Assim ele acredita nele próprio, confia na sua força e adora a si mesmo. E decide os valores, determina o seu estilo de vida a seu bel-prazer. A procura de ser Deus. Ou a reivindicação de que já o é. O próprio homem está confuso em relação a isso…A sede pelo poder, pela fama, pela riqueza, pelo pódium, marca sem dúvida o coração do homem. Ser Deus, ou ser grande, aclamado e poderoso tem-se tornado o conceito da felicidade. O mal teve origem nessa tentativa. O grande Querubim Lúcifer tentou usurpar o lugar de Deus. Desde aí essa “febre” não parou. O mal entrou no homem e no mundo por essa tentativa. Grandes Imperadores queriam essa glória. Hoje a lista dos pretendentes só aumenta.
Não surpreende muito as pessoas tentarem subir e procurar ser ou parecer mais do que são. O que impressiona é alguém que é Todo-Poderoso, cheio de Autoridade, Glória e Majestade estar pronto a descer, espontaneamente. Foi isso que Deus fez. Num mundo em que os homens estavam embriagados em querer ser, ou pelo menos reconhecidos como divinos, Deus decidiu fazer-se homem. Quando o homem queria tanto revestir-se de divindade e imortalidade, Deus vestiu-se de carne humana. Procurando o homem super poderes e glória, Deus aceitou a limitação da humanidade sem reivindicações de reconhecimento, palácios, ou riquezas. Sem ostentações e espetáculos vistosos. Escolheu o útero de uma mulher simples, de um lugar simples. Preferiu uma estrebaria mal cheirosa. A aspereza do alimento de animais: as palhas. O lugar onde eles comiam: uma manjedoura. Nenhum humano escolheria tal lugar. Reclamam por não nascerem em berço de ouro. Mas Deus, que tinha um alto e sublime trono, trocou-o por esse cenário e condição. As testemunhas, as visitas, para além dos pais, eram os animais, que em vez de entusiasmados parabéns, só sabiam zurrar, mugir, ou grunhir. Depois, lá apareceram os mais desprezados daquela sociedade: pastores. Ninguém se engane: os reis do Oriente não presenciaram aquele momento, só chegaram a Belém cerca de dois anos depois. Viveu os Seus primeiros anos como um exilado num País estrangeiro: no Egito. Cresceu numa terra desprezada: Nazaré. Deixou de lado a oportunidade de carreira, de riqueza, ou de vida familiar, para ajudar e trazer esperança aos outros. Não usou os seus poderes para Se defender, mas deixou-se ser traído, injustiçado e torturado até ser crucificado numa cruz.
Mas qual a razão para Deus fazer uma coisa tão inacreditável? Tão absurda para os humanos? Para mostrar aos homens que o mais importante na vida não é subir desesperadamente à custa de pisar e esmagar os outros. A beleza da vida está em nos dispomos a descer para elevar os outros. Para provar por demonstração que a força não é demonstrada pela capacidade de usurpação, mas pela determinação em esvaziar-se. Que a grandeza não é medida pela quantidade de pessoas que nos aplaudem e servem, mas pela quantidade de pessoas que servimos e abençoamos. Para ensinar que a felicidade não consiste em ser idolatrado e venerado, mas em amar e doar-se aos outros. Ele desceu até ao nível mais baixo para revelar ao homem que a única maneira de subir é descendo. A única forma de ganhar é estar disposto a perder. Foi assim que Ele foi exaltado soberanamente, ressuscitando de entre os mortos ao 3º dia e recebendo toda a glória que tinha antes de se vestir da limitação do corpo humano.
Houve outra razão fundamental da viagem de Deus num corpo humano à terra. Foi para conseguir aquilo que o homem nunca conseguiu nas suas tentativas de ser Deus. Quanto mais o homem tentou subir mais ele caiu. O Querubim cheio de luz tornou-se o príncipe das trevas, sem acesso aos lugares mais altos. A mulher que quis ser como Deus caiu, juntamente com o marido e perderam ambos a beleza do paraíso e da comunhão com o Criador. Os imperadores ficaram arruinados. Mas Deus decidiu descer para elevar o homem. Elevá-lo acima do lamaçal da usurpação, orgulho e vaidade; elevá-lo acima das cobiças e das guerras. Elevá-lo à posição de filho; à possibilidade de uma comunhão perdida; à realidade da vida abundante e eterna. Elevá-lo à natureza do amor, onde o desejo de ser Deus parece ridículo, desnecessário. Onde só importa amar e honrar.
Sempre que o homem rejeita este Deus revelado de forma tão forte e amorosa, procura consciente ou inconscientemente ser Deus (pelo menos de si próprio). Mas uma criança sabe muito bem que há algo melhor que estar sozinha e tentar ser “gente grande”. É ter um pai por perto. Não tente subir a qualquer preço. Subir para ser senhor e dono da sua vida; subir para ser auto-suficiente; subir para ter segurança em realizações, riqueza, sabedoria, posição, ou fama. Neste tipo de subidas, a queda é certa. Desce de uma vida centralizada em si mesmo; desce do pedestal de querer ser visto, reconhecido e (até) idolatrado; desce do podium da declaração de independência. A subida é garantida: “Aquele que quiser ganhar a sua vida perdê-la-á, mas aquele que a perder por amor de mim, ganhá-la-á” (Mateus 16:25). Aceita Aquele que desceu e serás elevado. Reconhece Aquele que, sendo Filho de Deus, fez-se filho do homem, para que nós, filhos dos homens, possamos ser filhos de Deus. Ele tomou a natureza humana para que possamos ser participantes da natureza divina. Ele aceitou a mortalidade na cruz para que possamos viver a felicidade e imortalidade da vida eterna. Concluindo, querer ser Deus é torna o homem miserável. Aceitar o Deus que se fez homem torna-o melhor homem. Afinal, para que querer ser Deus quando Deus quis ser homem? Vamos viver e apreciar a maravilha de sermos homens, a maravilha de sermos amados por Deus e de podermos amá-Lo
LUIZ FMG 01/04/2012

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