X + Y = 0
Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
Marcos 12:30-31
É impossível atribuirmos valores e explicações lógicas ao ser de Deus. Mesmo a TEOLOGIA que significa “estudo de Deus” não tem a pretensão de explica-lo nem limita-lo. Seu proposito é apontar o caminho, dar uma referência e lembrar sistematicamente dos ensinos de nosso pai e criador porque ele tem um proposito especifico para cada um de nós. Assim como a representação das equações de primeiro, segundo e terceiro grau tem como termo o zero; o termo ou proposito principal de nossa vida é Glorificar a Deus e goza-lo para sempre, desta forma, todas as nossas ações, todas as nossas intenções, toda nossa liturgia, tem que produzir no fim a glorificação de nosso Deus.
A segunda prioridade de nossa vida é a proclamação do evangelho. Não se trata de compartilhar nossas ideias pessoais, ou de trazer mais um fardo como penitencia para que alcancemos favores de nosso Deus. Trata-se a uma ação entusiástica, vibrante. A mensagem é uma ótima noticia; uma solução definitiva. É vida com abundancia em Cristo Jesus. Olhando para o texto do evangelho de Marcos 12:30-31 distinguimos nos dois mandamentos, claramente o proposito de nossa vida. A glorificação e proclamação. Assim, deixamos de ser somente observadores e passamos a executivos do plano de Deus. “Amar a Deus sobre todas as coisas” na pratica é glorifica-lo, coloca-lo em primeiro lugar, louvar o seu nome. “E ao seu próximo como a ti mesmo” é proclamar a mensagem de salvação. Dentre tudo que podemos compartilhar não existe nada mais importante do que esta mensagem. Com a proclamação estamos cumprindo o propósito primeiro que é glorifica-lo para sempre. Quando olhamos para a assistência social associado ao ministério religioso precisamos olhar por este prisma. A assistência pela assistência gera humanismo. Lembre-se da equação em que o resultado não pode ser diferente de zero. Pois bem... O resultado de todas as nossas ações em Cristo também não pode ser outro que é glorificar a Deus. Por mais que uma pessoa esteja disposta a doar seu terno Louis Voitton, um Giorgio Armani ou uma simples cesta básica será sempre uma expressão de humanismo que tem como lema “O ser Humano acima de tudo” isto é; produz um resultado diferente. A assistência social pode e deve perfeitamente ser um veículo para se alcançar aos eleitos. Alias é também uma estratégia bastante eficiente para conhecermos a cosmovisão e sentimentos humanos em todos os povos, porem o fim tem que ser a proclamação que acarretará na glorificação. Glorificar a Deus, jamais será um fardo se o fizermos de coração, afinal fomos projetados por Deus para isto. Esta impregnado no mais profundo do nosso ser. Quando glorificamos a Deus é como uma tocha que foi feita para portar o fogo. Ela não tem nenhum outro sentido se não queimar-se, mas o fogo não lhe pertence. Ela ilumina, mas o mérito é todo do fogo. Gloria a Deus porque temos o grande privilégio de portar o fogo que chega até ele. É desta forma a sua glória nos enche.
Outra incógnita desta equação pode ser decifrada como “Servo”. Fomos chamados para servir. É bom que deixemos bem claro a posição em que devemos estar. No evangelho de João 15:15 lemos: “Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.” Jesus aqui demonstra a sua disposição para conosco, mas isto não muda a nossa condição de servo. Nossa postura para com ele continua a mesma. Servir ao Senhor com alegria. Servo bom, fiel e obediente. Não seremos servos bons se não obedecermos, não servimos com integridade a Deus se não servimos ao nosso próximo, afinal “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” 1 João 4:20. Quando compreendemos isto com clareza em nossa vida devocional, ficamos menos vulneráveis aos percalços da caminha denominacional. Entendemos que nossos dogmas e ritos são importantes ferramentas para chegarmos ao nosso objetivo primário. Na prática temos que estabelecer prioridades. De certa forma isto é intuitivo porque querendo ou não estamos sempre elegendo prioridades diariamente em nossa vida. Buscar o reino de Deus e sua justiça só é possível com vida devocional. Ouvindo e falando com nosso Deus. Nossa prioridade é entregar a ele as primícias de nossos pensamentos, palavras e atos. Não para nos distinguirmos como mais espirituais, ou irrepreensíveis, mas como a namorada que quer encantar o namorado e busca fazer o melhor para atrair a sua atenção.
Sim é impossível explicar o ser de Deus, Nossa mente é limitada demais para equacionar ou atribuir-lhe valores. A única certeza é que, permeando tudo isto, esta o seu grande amor para conosco. Amor individual; incondicional, de braços abertos esperando que coloquemos nossa vida dentro da equação elaborada por ele mesmo para cada um de nós na eternidade, cujo resultado final é estar sempre com ele desde agora e para sempre.
LUIZ FMG 12/09/2012
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