Derrota x Sucesso


Derrotismo ou Triunfalismo? Nenhum dos dois! Era a última viagem de Jesus a Jerusalém e ele já tinha em seu coração o seu destino. Jesus não se deixava enganar pelas aparências. Qualquer um que chegasse à capital Israelita e fosse recebido em triunfo como Jesus foi concluiria que sua tarefa tinha triunfado. A Entrada triunfal seria o ápice, o alvo a ser buscado. Mas Jesus não deixa enganar pelas aparências. Jesus conhece profundamente o coração dos homens e já no caminho ele havia chorado ao avistar Jerusalém. Ele disse: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!” Mt. 23.37. Ao começar sua jornada para Jerusalém ele avisou os discípulos em várias ocasiões que em Jerusalém ele seria entregue aos seus inimigos, seria maltratado e crucificado. Na cruz, sim, ele deu a sua tarefa por concluída quando disse: “está tudo consumado! E rendeu o espírito.” Jo. 19:30. Aquela seria uma semana de provas, de lutas e de desafios. A multidão que o aclamava o abandonaria logo que o cerco apertasse. Até os seus discípulos não resistiriam e fugiriam. Ele seria entregue aos soldados por um deles! Até Pedro, o entusiasmado pescador da Galileia faria promessas que não conseguiria cumprir. É difícil manter a lucidez e o realismo quando não vemos nuvens negras no céu. Quando parece que não há perigo à vista! Temos que manter o equilíbrio contra o pessimismo, quando antecipamos o mal que ainda chegou. Jesus sabia o que lhe esperava e manteve a lucidez. Às vezes, antecipamos problemas que ainda não chegaram e talvez nem cheguem e deixamos a vida se amargar pela perspectiva de um futuro perante o qual não aplicamos a esperança. Outras ocasiões, adotamos uma atitude triunfalista que só nos faz ver vitórias onde ainda há lutas a serem travadas. O triunfalismo não consegue enxergar o problema e não vê a vida com realidade. Vive apenas de proclamar a vitória sem querer nem entrar no jogo. Ganha as lutas antecipadamente apenas em sua mente, mas na hora da batalha, não se engaja nem se envolve. O triunfalismo engana a si mesmo com palavras de vitórias quando deveria se preparar para a batalha. É o otimismo irresponsável. Já o pessimismo perde as batalhas por antecipação porque não acredita que pode vencê-las, por isso foge dela. Ambas as atitudes nos afastam do plano de Deus! Perder por não lutar ou achar que vai ganhar sem precisar lutar. A primeira é o pessimismo desanimador enquanto que a segunda é o otimismo irresponsável, o triunfalismo da boca pra fora. Talvez por isso Jesus tenha escolhido cumprir a promessa de Zacarias 9:9 que dizia: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta.”. Precisamos aprender a triunfar montados em jumentinhos. Significa que enquanto todos cantam a vitória você continua a luta. Significa que mesmo um jumentinho pode carregar o Rei dos reis. Mostra que no trabalho árduo (o jumentinho) a vitória virá a seu tempo e na hora certa. Mostra que mesmo a humilhação e a derrota da cruz pode ser o início da ressurreição. Mostra-nos que podemos completar a tarefa que Deus nos deu de uma maneira que todos julguem que falhamos, mas que se permanecemos fiéis à visão que Deus nos deu, a morte de cruz será a derrota de Satanás e não a de Cristo. O Domingo de Ramos nos ensina a não cantar vitórias antes da luta e também nos ensina a não desistir da luta antes do final. Devemos ser realistas quanto à vida. Veja João 16:32-33: “Eis que vem a hora e já é chegada, em que sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só; contudo, não estou só, porque o Pai está comigo. Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.

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