Paciência

Esperei com paciência no SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Salmos 40.1

A paciência é uma posse muito desejável, um tesouro precioso. É um dom de Deus ao coração quebrantado.
A paciência não é uma posse comum. Raramente a encontramos, mas é frequentemente confundida com imitações chamadas “submissão” e “resignação”.
A paciência não cintila na luz do sol do meio-dia. Ela brilha na escuridão, como uma luz interior. Ela brilha na noite de sofrimento – de sofrimento físico, mas especialmente de sofrimento espiritual, quando a alma luta nas mais profundas angústias.
A paciência não é como uma bela rosa trepadeira que retorce seus ramos cheios de flores ao redor da cruz da vida; antes, é como a modesta Ipomoea Alba ou dama da noite, sem beleza de forma ou cor, mas que perfuma o ar com doçura pungente.
A paciência é como rouxinol, que não tem beleza de plumagem, mas canta docemente na noite escura.
Ou é como uma pedra preciosa que não tem brilho até que o trabalhador hábil tenha polido-a.
A paciência é um dos santos adornos com os quais o próprio Jesus adorna a alma após ter limpado-a com sua justiça.
A paciência cristã tem pouco em comum com seus homônimos encontrado entre os homens e mulheres que vivem como “bons vizinhos”, mas que são estranhos à graça de Deus. A verdadeira paciência não pode crescer no coração que não foi regenerado. Tal coração não tem o solo necessário, e a atmosfera da vida não santificada tende a murchá-la. Uma luz mais brilhante que a do sol, a luz do próprio Deus, faz com que suas flores brotem.
A paciência é um fruto do Espírito. Sua semente não está connosco. Seus ramos se contorcem ao redor da cruz de Cristo. Seu objectivo é a eternidade. Sua glória está na graça de Deus.
A paciência deveria ser a posse de todo filho de Deus. Se não é dele quando nasce de novo, deveria crescer dentro dele à medida que cresce em Cristo.
Mas tristemente ela está ausente entre nós.
Isso é evidente a partir da nossa inquietação, nossa aversão à cruz, embora ocultemos essa aversão por detrás do véu da resignação. O fato é especialmente evidente quando o sofrimento falha em produzir fruto espiritual, mesmo que é sofrimento suportado com aparente disposição.
Precisamos de paciência. Precisamos dela para nos confortar nas tribulações, nos renovar a alegria de sermos filhos de Deus, reviver nosso canto de adoração à medida que carregamos a cruz que seu amor nos designou.
Até quando o povo de Deus não terá ouvidos para aquilo que a Palavra tem a dizer sobre paciência?

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